quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sociedade Injusta

                         Escrito por : Bruna Caroline de Assis - aluna do 2º ano E
Não tinha cabimento uma pessoa suja e desinformada ser a mais rica e poderosa da zona sul do Rio.
Intrigada, a estudante de moda pergunta a seu vizinho:
- De onde você veio?
Assustado, olha por cima do banco e responde:
- De onde você imagina?
- Do lixo por exemplo.
- Porque acha isso? Que imagem suja te passo?
- Suja nem tanto, acho isso por suas roupas sem sentido.
O rapaz, todo observador e calmo, tenta fugir e pergunta à moça:
- Qual é o seu nome?
- Shárida Boa Morte de Vasconcelos.
Com risos, o bom rapaz retruca.
- Depois desse nome, lhe pergunto, você veio do cemitério?
- Não, engraçadinho, te garanto que nasci em berço de ouro, e você em uma favela. Ah qual o seu nome?
- Antônio José da Silva e Souza, sou dono da marca de roupas que você esta usando.
- Charmim?
- Sim, e porque não poderia ser eu?
Envergonhada, pede desculpas e joga charme para o rapaz, que até a pouco ignorava. Para alongar a prosa, Shárida se mostra interessada em saber da vida de José e pergunta:
- É casado?
- Não, e você é?
- Não, também, estou intrigada.
- Com o quê?
- Já que você é dono da Charmim porque você se veste como morador de rua?
- Porque eu invisto no que me dá poder e dou valor ao dinheiro que dei morei a ganhar, não sou como você que nasceu e vai morrer na superabundância, enquanto comunidades carentes passam por necessidades que para você são supérfluas. Vi e vivi essa experiência de perto.
- Como assim? Você era pobre e favelado?
- Porque o espanto, pobre favelado não pode ganhar a vida com o suor do trabalho pesado e sabedoria? Já fui favelado, sim, comi pão do lixo, ia pra escola só para ter o que comer na manhã e no almoço; já vi gente morrer por injustiça, o que mais? Ou sua pergunta foi respondida?
A garota da meia volta no parque, deixa José sem resposta. José continuou comendo algodão doce, sentado no banco, rindo de mais uma patricinha que usa suas criações e idolatra sua marca famosa e caríssima, mais não tem consciência de quanto isso não importa na vida de quem não olha para a capa, e sim para o que tem dentro do livro.

Amor à Primeira Vista

              Escrito por Rodrigo Vicente e Luís Felipe dos Santos - alunos do 2º ano D 

E Luis acorda ansioso naquele dia, era o primeiro dia de aula, e assim, ansioso penteou os cabelos, colocou as suas roupas e foi pata o encontro novamente com os seus colegas, só que agora no ultimo ano do ensino médio.
Assim, Luis entra cumprimenta seus colegas e se depara bem à frente com a nova aluna, loira, magra, linda e de rosto formoso. Luis finge que não a vê, e senta. Até aquele momento, ele nunca tinha acreditado que um dia iria encontrar a pessoa certa, mas bastou olhar para ela e se arrependeu de ter duvidado, e logo percebeu que era amor.
Depois de passado uma semana de aula, as intimidades já fluíram, ele não esperou e na primeira oportunidade perguntou:
- Olá, meu nome é Luis Filho, e o seu?
Intimidada a menina respondeu:
- Meu nome é Alice...
Só que Luis tinha um defeito, era muito direto e a vergonha não o acompanhava e logo disse:
- Alice, estou apaixonado por você, não entendo o que esta acontecendo, pois é a primeira vez que sinto isso, acho que é amor.
A menina, apressada, pegou suas coisas e meio sem graça e tremendo, foi-se embora. A noite caiu e na cabeça do menino adolescente estava Alice, e na cabeça da menina estava Luis. Nos pensamentos, ela percebeu que aquela declaração surtiu efeito em seu coração.
Era fim de semana e os dois não seguravam a ansiedade para chegar segunda-feira, mas enfim a semana começou.
Luis, chegando dentro da sala, troca olhares com Alice e a cada minuto que passava o amor ia aumentando, e os dois, sem se falar guardavam palavras para a primeira oportunidade que surgisse, até que então a professora disse:
- Alunos, o trabalho de vocês será em dupla.
Os corações tremiam, a professora apontou os dedos em direção a Luis e Alice e anunciou a dupla entre eles. Os dois, segurando a alegria por dentro, demonstravam-se discretos.
O dia do trabalho chegou e o tema era simplesmente escrever sobre o “Amor”, assim escrevendo cada um em sua folha, no quarto de Luis a ansiedade de se tocarem era inevitável e ele, fechando a porta de seu quarto, disse susurrando no ouvido dela:
- Alice...
E antes de Luis terminar Alice pôs a mão em sua boca, ele se aquietou, os dois foram se aproximando como se fosse uma coisa puxando onde era inevitável parar, os corações foram ficando mais quentes e disparados, até que os lábios se encostaram, e a luz se apagou.
Ali o amor surgiu, pronto era amor, amor à primeira vista