Saudades Daquele Tempo




Escrito por: Rita de Cassia e Rodrigo Bocardo - alunos do 2º ano F

Era um dia de sol e também meu primeiro dia de férias. Logo acordei, saí da cama para tomar o café da manha e pensei que nada tiraria minha felicidade naquele dia. Mas eu estava enganado de pensar que aquelas férias seriam boas...
Logo chega uma tia que mora longe, tirou o pão da minha boca e disse:
 -Oi, meu docinho, ajude-me com as malas!
 Eu, muito assustado, pergunto:
 -Que malas?
 -Vim cuidar de você, seus pais não te contaram que vão viajar?
 -Contaram sim, mas eu não sabia que você viria– fiquei muito nervoso, pois eu não gostava dela, ela me tratava como criança. Querendo me esquivar dela, eu logo comecei a pensar em um plano para me livrar dela e disse:
 -Hoje vou dormir na casa de um amigo...
 -De jeito nenhum, pois eu trouxe vários livrinhos de historia pra contar pra você
 -Mas não sou criança, tia... Eu já tenho 13 anos de idade.
 -Com 13 anos eu ainda brincava de boneca e...
 -Mas você é da idade da pedra
 -Não fale assim, eu sou só 50 anos mais velha que você.
Sorrindo, ela puxou minha bochecha e disse:
 -Meu docinho, não fique triste, vou contar algumas historias pra você, sei que você gosta das historinhas que conto.
 -Tia, eu preciso te falar uma coisa.
 -Pode falar.
 -Eu não gosto dessas...
 -Você não gosta das minhas histórias?
 -Isso
 -Entendi, mas pode deixar, pois hoje eu trouxe novas histórias.
 -Que historias?
 -A bela e a fera, gato de botas e várias outras...
 -Tia, deixe-me falar, eu não gosto de histórias infantis, já sou crescido e também conheço todas essas histórias.
 -Nossa, mas eu só quis lhe agradar.
 -Se você quer tanto me agradar, então me deixe só. Muito triste, ela resolve ir dormir. Enquanto isso, eu fiquei vendo TV. Foi aí que percebi que minha tia havia se ofendido com o que eu disse.
 Na manha seguinte, já arrependido, eu quis me desculpar, resolvi fazer uma bandeja com café da manha para ela, levei até a seu quarto, a porta estava aberta, e logo quando entrei percebi que ela não estava bem, estava pálida. Resolvi acordá-la, foi quando percebi que minha tia havia falecido, fiquei muito triste. Logo meus pais chegaram e me contaram que ela estava mesmo doente e com os dias contados, e quis passar seus últimos dias de vida comigo. Eu fiquei arrependido, mas não com culpa, pois ela estava mesmo doente, mas até hoje sinto falta de seu jeito único de me tratar como criança e de ler algumas historias para mim. Que saudades daquele tempo!