A Velha misteriosa


                                   


                Escrito por: Rúbia Parreira e  Jéssica Rodrigues
                                        alunas do 2º ano G

            Era uma pequena cidadezinha do interior de São Paulo. Muito pouco conhecida de fato, apenas visitada por algumas pessoas de cidades vizinhas, por caminhoneiros de treminhão (que por ali passavam diariamente) e de vez em quando, por pessoas um pouco mais bem de vida, que vinham visitar parentes que ali residiam, mas, assim mesmo, que não se demoravam mais do que poucos minutos.
            Aquilo não era bem uma cidade, parecia-se mais com uma pequena fazenda. As casas eram simples e pobres, uma grudadinha com a outra, dando assim para ouvir tudo que acontece do outro lado.
            Todos os moradores eram como uma família. Ajudavam um ao outro (tanto em coisas matérias como morais) na medida do possível, pois viviam modestamente, apenas tirando sustento do dinheiro que ganhavam na lavoura ou com serviços prestados às pessoas das cidades vizinhas. Muitas vezes até trocavam alimentos. E assim viviam diariamente uma luta nova e diferente, mas pelas quais não se deixavam abater, eram pessoas fortes, que não temiam o trabalho duro.
            Como havia poucos habitantes, todos se conheciam e estimavam. Cada um possuía um sonho diferente, que muitas vezes compartilhavam com os demais. No entanto, uma coisa todos eles tinham em comum, a esperança de poder melhorar de vida.
            Algo naquela cidade, chamava a atenção de seus moradores e visitantes. Tratava-se de uma velha casa que ficava logo na entrada. A casa era grande e bela, apesar de bem antiga e descuidada. Parecia estar abandonada há anos. Ao lado, um grande campo de futebol, com uma grama bonita e bem cuidada. Apesar disso, nenhuma das crianças ousava brincar ali, alegando ter medo da casa, que era amaldiçoada.
            Esse grande mal entendido gerou um amplo boato na pequena cidade, fazendo com que a casa fosse apelidada por “A casa maldita” ou “O casebre mal-assombrado.” Muitos não acreditavam nessas coisas, porém, não se atreviam a chegar perto do local.
            Roberto era um dos moradores da cidade. Apesar de aparentar já uns 35 anos de idade, devido aos longos anos de trabalho duro, possuía ainda 25. Sua tez morena, queimada pelo sol, deixava-o com o aspecto ainda mais cansado e sofrido, mas apesar de tudo era um belo homem e despertava o interesse de algumas mulheres dali.
            Morava com os pais e mais três irmãos em uma casinha velha de apenas três cômodos (um quarto, uma cozinha e uma pequena salinha). Era o mais velho e o que possuía o gênio mais forte, pois já estava cansado daquela vida desgraçada. Passava dia e noite pensando em um jeito de conseguir um bom emprego e ganhar dinheiro, mas, como não conseguia, vivia de mal-humor.
            Levantava-se todos os dias às quatro horas da manhã. Tomava café e ia a pé até a outra cidade, onde trabalhava em um bar não muito grande. Não se sentia feliz com o serviço, mas no momento era o que tinha disponível e não estava em condições de escolher. Chegava em casa sempre muito tarde da noite. Tomava banho e logo caía no sofá, onde desmaiava em poucos segundos. Com isso, Roberto quase nunca conversava com sua família, pois quase nem se viam. Apenas no domingo tinha tempo de fazer isso, entretanto, evitava ao máximo permanecer em casa.
            A quase um mês algo muito bizarro estava tirando-lhe o sono. Havia uma senhora muito velha e estranha que ficava sempre sentada em uma pedra de frente com a tal casa que todos tinham medo.
            A velha, com o cabelo todo desgrenhado e com as vestes sujas e rasgadas, não saía mais dali. Ficava dia e noite, debaixo de sol e chuva, cantarolando e dizendo coisas sem nexo.
            Ninguém falava da pobre senhora, parecendo até que não a viam. Roberto não dizia nada também e procurava ignorá-la como os demais, mas, com o passar do tempo, até que se acostumara a vê-la por ali.
            Como era obrigado a passar em frente ao local quando ia trabalhar, via-a todos os dias. Direcionava-lhe um sorriso amigável que, por sua vez, nunca era retribuído. Ignorava quando isso acontecia e logo esquecia.
            Certo dia, voltava para casa completamente desanimado e cabisbaixo. Passava das onze e meia da noite e estava um frio dos infernos. A mulher estava lá, no mesmo lugar de sempre, sem nenhum cobertor ou roupas que pudesse amenizar o frio. “Será que não sente frio ou fome?” pensou.
            Apesar de querer saber sobre sua vida e sentir ímpetos de lhe perguntar, passou em sua frente e nada disse.
            -Não se preocupe, sua vida pode mudar!
            Ele parou.
            -Não tenha medo de mim, não lhe farei mal algum. Aliás, posso até ajudá-lo!
            Ele deu de ombros e foi-se embora, balançando sucessivamente a cabeça em um gesto de indignação. Achava que ela fosse louca e que não dizia coisa com coisa.
            O que será que acontecia com aquela mulher? Porque era assim tão misteriosa? Não teria família ou algum conhecido? Teve vontade de descobrir, não era normal alguém agir assim. Foi dormir, a fim de esquecer as palavras da velha, que naquele momento não lhe saíam da cabeça.
            Pensava que, passados alguns dias, a mulher iria embora e passaria a viver como uma pessoa normal. Entretanto, isso não acontecia. Ela estava sempre lá, como se estivesse esperando-o para dizer coisas estranhas.
            Andou conhecendo também pessoas novas, das quais nunca havia visto antes. Possuía com elas um diálogo aberto e franco e, ás vezes, até comentava sobre a tal velha, ao que alguns desses amigos diziam que ela era louca e que agia assim porque havia perdido a memória.
            Roberto passou então a sentir pena da pobre velha, até cumprimentava-a de vez em quando, mas só falava sobre ela com esses novos amigos, já que ninguém de sua cidade tocava no assunto, parecendo ignorá-la.
            Era domingo, em passos largos e todo perfumado dirigia-se até a cidade onde trabalhava.
            -Hei! Menino! Venha cá! Preciso falar com você!
            Roberto parou. Não queria voltar, mas suas pernas pareciam não lhe obedecer e foi de encontro à voz.
            -Sei como lhe ajudar. Tem de acreditar em mim!
            -Do que se referes, velha?
            -Essa cidade esconde um grande tesouro. Se aceitar minha ajuda poderá ficar rico e ter o amor de Jandira. Só basta você querer e sua vida mudará completamente!
            Gargalhadas irônicas surgiram.
            -Bebeu, velha? Além de estranha é louca?
            -Um dia se arrependerá de tal ofensa, mas em todo o caso, não me importo e até entendo sua reação.
            -Tenho mais o que fazer do que ouvir suas ideias disparatadas!
            -Volte... Volte... Volte!!!
            Em vão.
            Ele estava indignado com aquelas palavras. Um tesouro! Só faltava essa agora! Lembrou-se então de Jandira. Como a velha adivinhara? Ele nunca havia contado para ninguém esse segredo. Sempre a amou, desde muito pequeno, mas permaneceu em silêncio, apenas observando-a de longe, pois sabia que uma mulher como ela jamais olharia para ele.  
            Não era verdade. Jandira era uma moça muito bonita e simpática. Cresceu na pobreza e não se envergonhava disso, ao contrário, até havia aprendido e amadurecido muito em tantos anos de luta e sofrimento.
            Também amava Roberto, mas não suportava seu modo fútil de pensar, sempre achando que o dinheiro era tudo. Passou então a ignorá-lo, tentando assim esquecê-lo e evitando ao máximo um encontro entre eles, apesar de ser quase impossível, já que eram vizinhos.
            Tentando não dar importância às palavras daquela velha maluca, continuou caminhando. Estava disposto a pôr em prática sua desvairada ideia, pensando assim em amenizar um pouco sua nostalgia.
            Foi até um bordel. Levava consigo uma roupa íntima de Jandira que havia roubado de seu varal e uma peruca ruiva. Pagou uma das moças mais belas de lá para que se vestisse e lhe fizesse uma dança sensual. Isso passou a acontecer sucessivamente.            Ele gastava todo o dinheiro que ganhava com essas obscenidades.
            Na hora até que se sentia bem, chegava realmente a acreditar que aquela fosse Jandira, mas depois, quando voltava ao seu juízo perfeito, batia-lhe novamente aquela angústia e procurava ocultar sua desilusão através da bebida.
            Essa era a vida que Roberto estava levando. Trabalhava, sofria, se esforçava, e gastava todo o dinheiro ganho em bebidas e orgias, afundando-se cada vez mais no mundo da ilusão.
           Chovia muito naquela noite, impedindo que ele saísse. Ficou a observar a chuva pela janela, completamente absorto em uma onda de pensamentos profundos. Imaginava Jandira ali ao seu lado, abraçando-o e dizendo-lhe que o amava. Deu profundo suspiro, sabia que isso jamais aconteceria.
            Olhou para outro canto e viu a velha senhora, cantarolando na chuva. Ficou durante alguns segundos observando-a. Queria por um momento ser como ela, não ligar para nada que acontecia a sua volta. Como que por um impulso, pegou um guarda-chuva que estava atrás da porta e foi saindo.
            -Aonde vai com essa chuva, menino?
            -Não vou demorar, mãe!
            -Acho bom mesmo. A chuva tá muito forte!
            -Tá bom! Hááááá... Onde que tá o outro guarda-chuva? Esse aqui é o menor!
            -Deve de tá por cima do guarda-roupa!
            Pegou o outro guarda-chuva e correu até a velha.
            -Sabia que viria até mim!
            -Não diga bobagens novamente, senhora!
            -Está bem. Não quer ouvir, não direi.
            Ele ficou encabulado. Achou que ela fosse insistir.
            -Diga então o que quer dizer, velha!
            -Acreditará no que direi?
            -Sim. -mentiu.
            -Procure o tesouro! Salve a cidade! Se fizer isso conseguirá tudo o que deseja e, depois, posso tentar ajudá-lo a curar sua doença!
            -Doença? Mas que coisa! Porque insiste em dizer loucura atrás de loucura?
            Foi-se embora, completamente irritado. Doença! Tentava ajuda-la e ela ficava dizendo-lhe essas coisas sem sentido. Decidiu então nunca mais falar com aquela velha novamente. Sentia um medo tremendo de suas palavras, na verdade, soava-lhe como uma praga.
            Naquele dia sentiu muitas dores. Cada dia que passava, as dores iam aumentando ainda mais. Decidiu procurar um médico. Fez vários exames e depois de mais algum tempo descobriu que estava com AIDS e Cirrose Hepática, devido aos vários dias de orgias e bebedeira.
            Estava arrasado. Como poderia tratar-se se não tinha dinheiro nem para comprar suas roupas? Havia gastado tudo com bebidas e mulheres e ainda estava devendo uma grana alta no bar onde trabalhava, andou até descontando no salário. Seus pais não podiam saber disso, ficariam arrasadíssimos. Por outro lado, a morte seria até melhor para ele do que ter que continuar vivendo aquela vida de lamentos, pobreza e desgraças.
            Contou aos seus novos amigos sobre suas doenças, e eles disseram ser uma maldição da velha. Passou a odiá-la. Olhava-a com rancor, como se fosse realmente a culpada de toda sua tristeza. Nem de casa saía mais, esperando apenas que a morte o levasse para um lugar melhor.
            Uma semana e meia se passou. Acordou assustado, com um enorme barulho e vários gritos. Saiu às pressas para fora e viu quando derrubavam a casa que diziam ser amaldiçoada e que a velha passava dia e noite em frente.
            Aproximou-se lentamente, observando cada gesto das pessoas que estavam praticando tal ato. Dentro em pouco, todos já estavam a olhar. Vários homens rodeavam o local, todos vestidos com pomposo terno. Depois de quase uma hora, ecoou sobre aquela cidade vários gritos de felicidade e um vivaaaaaaaa, bem alto. Um dos homens (certamente o manda-chuva) apareceu sobre os vários entulhos com muitos ouros em ambas as mãos.
            -Estou! Rico! Muito! Muito! Muito! Riiiiiiiico!
            Roberto estava boquiaberto. Não conseguia acreditar no que estava vendo. Tentava entender o que acontecia ali, enquanto o homem que achara o ouro beijava repetidas vezes as barras.
            -Essa cidade agora é minha! Quero todos fora daqui! Vou construir uma grande indústria!
            Um oh! de indignação surgiu bem alto e dentro de poucos minutos os outros homens já começaram a derrubar as casas dos moradores e a colocar todos para fora, quebrando todos os móveis que demoraram quase uma vida para comprar. As mulheres imploravam por piedade, enquanto que alguns homens apanhavam por tentarem impedir. Choros bramidos lástimas dramas orações pragas palavras de revolta e até agressões físicas e verbais. Nada disso foi suficiente para fazer aqueles homens pararem.
            Enquanto isso, Roberto procurava, impacientemente, pela velha. Chorava fungava esbravejava culpava-se silenciosamente. Como ela poderia saber o que iria acontecer? Porque não acreditara nela? Talvez, se a tivesse ouvido, agora não estaria vendo toda aquela gente chorando e sofrendo e, no lugar daquele homem, era ele quem estaria rico. Olhava por todos os lados. Gritava berrava implorava e nada. A velha havia sumido, como em um passe de mágica.
            -Vamos, Roberto! Papai precisa de nós!
            -Agora não posso, meu irmão. Preciso achar a velha!
            -Mas que velha?!?!
            -A velha! Aquela que ficava dia e noite sentada ali, naquela pedra!
            O outro riu.
            -Como se não bastasse sermos colocados na rua e perdermos tudo, agora tenho um irmão biruta! Eu mereço! –foi-se embora.
            Roberto deu de ombros e saiu à procura da velha senhora. Entretanto, a todos que perguntava ouvia o mesmo que ouviu de seu irmão, que não havia velha nenhuma e que ele estava maluco.
            Não conseguia acreditar. Havia falado com ela várias vezes, como poderia não existir? E como ela sabia de todas essas coisas? Seria uma bruxa? Arrepiou-se com esse pensamento. Não desistia, continuava chamando por ela.
            Após em vão procurar pela mulher e perguntar a todos sobre ela, foi embora junto com seus pais e irmãos. Tentava esquecer a velha senhora, mas era impossível. A imagem dela lhe dizendo todas aquelas coisas não lhe deixava mais em paz. Olhava para o rosto de sua mãe, que estava lavado pelas lágrimas e o rosto abatido do pai, por não ter feito nada para impedir ou defender sua família. Sentiu-se culpado. Deveria ter acreditado nela.
            Instalaram-se na cidade ao lado, na casa de uma amiga de sua mãe, ficariam ali até arranjarem um lugar para ir. Muitas outras pessoas fizeram como eles. Estavam todos desanimados e revoltados com o que havia acontecido. Como alguém tinha coragem de fazer aquilo com eles? Não era justo. Levaram toda uma vida para conseguir aquele pouco que tinham e agora perdiam assim, da noite para o dia.
            Uma semana se passou. As noites de insônia estavam acabando com Roberto, fazendo com que suas dores aumentassem ainda mais. Precisava desvendar aquele mistério, tinha que descobrir quem era aquela velha e ter certeza que não era louco, como todos haviam alegado. Voltou à cidade onde morava.
            Estava tudo destruído, nem parecia que a pouco tempo atrás morava gente ali.            Havia também homens recolhendo os entulhos e começando uma construção.
            Foi andando lentamente pela cidade, observando cada detalhe e relembrando sua infância. Brincara muito ali. Arrependeu-se das coisas horríveis que havia dito sobre aquela cidade, hoje sentia falta de morar ali. Bem ou mal eles tinham uma casa, mas agora, tinha que ficar morando de favor.
            De repente parou. Avistou algo estranho do lado de trás da casa que diziam ser mal-assombrada e que acharam o ouro. Aproximou-se. Era um túmulo.            Assustado, aproximou-se um pouco mais para ver quem estava enterrado ali e não pode deixar de soltar um grito de pavor ao reconhecer a mulher da foto. Era ela. Era a velha que ele achou que fosse louca e que apenas ele via. Estava apavorado. Aquela mulher, que muitas vezes falou com ele, morreu a mais de 200 anos atrás.
            Saiu correndo desesperado. Não acreditava no que estava acontecendo. Como poderia ter falado com alguém que já havia morrido? Parecia tudo tão real.
            Parou ao ver novamente a velha. Um arrepio de pavor percorreu todo o seu corpo, estava lívido e sem palavras. A mulher estava toda de branco e desta vez com uma roupa limpa e com os cabelos penteados. Sorriu para ele e sumiu, fazendo com que um vento agradável batesse em seu rosto.
            Depois de alguns segundos, outras pessoas apareceram a sua frente.            Reconheceu então os amigos novos com quem passava horas conversando e bebendo.            Lembrou-se das muitas vezes que eles haviam falado mal da velha, alegando que ela era completamente louca.
            Eles gargalharam alto, como se estivessem zombando dele. Estavam todos de preto e com a aparência alarmante, pareciam almas das trevas. Sumiram dentro de poucos segundos também.
            Agora sim ele havia entendido tudo. A única coisa que a mulher queria era ajudá-lo a mudar de vida e a realizar seus sonhos, mas como ela estava vestida como mendiga e como não a conhecia, achou que fosse uma louca e zombou da sua boa vontade.
            Aqueles que diziam ser seus amigos e que estavam sempre vestidos impecavelmente, bebendo e gandaiando com ele, eram os únicos que queriam lhe fazer mal, mantendo sempre seus olhos fechados para a realidade e o levando para o caminho dos vícios.
            Sentiu raiva de si mesmo. Queria poder voltar no tempo e fazer o que a velha senhora havia lhe aconselhado. Como seria se tivesse acreditado? Certamente hoje estaria rico, ao lado da mulher amada e sem doença nenhuma.
            Aprendera a lição, mas infelizmente aprendera tarde demais, e agora, nada mais poderia fazer para mudar seu destino, apenas colher as conseqüências de seus próprios atos impensados e levianos.
            Quando achou que não podia mais ficar pior, avistou de longe a mulher que amava de mãos dadas com outro homem. Pela aparência dele, parecia ser pobre também. Percebeu que havia se enganado a respeito de Jandira, pois achou que só se interessaria por ele ou até mesmo por outro alguém, se esse tivesse dinheiro.
            Ajoelhou e chorou, ficando assim durante longo tempo, chorando o leite derramado e sentindo raiva de si mesmo por não ter acreditado na velha misteriosa.
           Muitos anos se passaram. Infelizmente Roberto não suportou por muito tempo, sua melancolia agravou ainda mais seu estado precário. Seus pais, assim como os outros moradores, receberam ajuda e conseguiram aos poucos levantar alguns barracos, onde passaram a morar.
           Os homens que acharam o ouro conseguiram construir uma indústria, que por sinal era uma automotora. No entanto, diariamente e ano após ano, aconteciam acidentes terríveis e sem explicação com os operários da fábrica. Alguns homens pediram demissão e alguns continuam a trabalhar ali, mas passam cada segundo de sua vida com medo da morte.
           O que acontece ou como acontece, ninguém sabe ou desconfia, mas um boato muito forte e horrendo corre por aquelas paragens. Dizem, que a imagem de um homem aparece para eles, sempre tarde da noite. Fica andando ali em frente e esperando-os saír do trabalho. Quando isso acontece, desaparecem sem mais nem menos ou morrem terrivelmente.
           Dizem também, que esse homem está sempre chorando e chamando por uma velha, e que nas noites de chuva, põe-se a cantarolar sentado em cima de uma pedra, que por sinal, é sempre onde fica.
           Ninguém sabe se isso é realmente verdade, mas as únicas pessoas que conseguem ver esse tal homem são as que trabalham na fábrica.

                                                                                                                     

                                                                                                                      
                                                                                                                       Fim... 


Um comentário:

  1. Nossa! Muito foda essa história! Vocês estão de parabéns,confesso que até me arrepiei no final! As outras são boas também, mas essa foi a q mais me interessou! =D Parabéns também p quem teve essa incrivel ideia d criar um blog!

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